segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Crónicas



Os alunos do 9.º E empenharam-se na escrita das crónicas, a propósito do vídeo "O sorriso que parou S. Paulo".

O resultado foram boas reflexões, a mostrarem-nos que, afinal, as palavras ainda têm importância. E os sorrisos também!

Imagem in http://www.loskatchorros.com.br/ipb/index.php?/topic/131736-dia-do-sorriso/ [consultado em 2.outubro.2017]


"Um sorriso diferente
Pensei que fosse uma manhã como todas as outras em que me levanto, despacho-me e vou para o carro, rumo a mais um dia de trabalho. No caminho, o sinal de trânsito mudou, deixando-me com os olhos sonolentos observando aquela luz vermelha a brilhar, fazendo todos os carros pararem. Liguei o rádio para me sentir menos só. Começou a falar um locutor sobre um desafio que consistia em sorrir para o condutor do carro ao lado, que nos iria sorrir de volta se também estivesse a ouvir a rádio. Nesse momento pensei que me iam achar maluco, mas lá olhei para o lado esquerdo e sorri para aquela senhora que trocou o olhar cansado por um amoroso sorriso. Olho em redor e não paro de sorrir, recebo também muitos sorrisos de volta. Isto acabou de fazer o meu dia!
Foi uma maneira de unir as pessoas e estabelecer algum contacto entre elas, criando intimidade e cumplicidade. Isto fez com que as pessoas deixassem de guardar o seu sorriso só para elas mesmo. Como se acabassem, naquele momento, toda a impessoalidade nas relações humanas, todo o silêncio.
Estes sorrisos mostraram a importância de um pequeno gesto. Um gesto tão silencioso, que num ápice, se transformou num turbilhão de emoções.
Sorrisos podem transformar dias cinzentos em dias cheios de cores! Todos juntos fazemos a diferença e apenas um sorriso pode mudar o dia de uma pessoa e a maneira como vemos as coisas."

Diogo Santos e Pedro Marques


"Nem tudo está perdido
Numa manhã que parecia normal como as outras, ao entrarmos no carro para mais um dia de trabalho, como habitual, ligámos o rádio e, entre as músicas do costume, o locutor sugeriu que todos os que estavam a ouvi-lo, naquela manhã, olhassem para o condutor do lado e sorrissem, e, em instantes, um mar de sorrisos surgiu. Sorrisos esses que não eram forçados, mas sim espontâneos e contagiantes como um vírus que afetava todos aqueles que ali estavam, dos mais novos aos mais velhos e dos mais envergonhados aos mais ousados…
Esta situação fez-me pensar o quão sufocados nós estamos com os problemas do quotidiano. Acabamos por perder a noção do que nos rodeia, já pouco ou nada falamos. Sem termos noção, fomos perdendo a nossa capacidade de comunicação. A que ponto chegámos?
Porém, para minha alegria, sei que não está tudo perdido, com um pequeno gesto, simples, simpático, somos capazes de voltar a sorrir, esquecer os problemas, e, por momentos, sentimos saudades de como éramos em crianças, altura essa em que não havia diferenças, nem desigualdades, mas sim amizade, contacto, comunicação.
Eu tenho esperança, pois sei que nem tudo está perdido."

Joana Ferreira e Joana Zorrinho, 9.º E


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